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Vivemos em uma era de superprodução digital, onde a criação de conteúdo parece ser a regra, mas a reflexão e a verdadeira interação estão cada vez mais raras, especialmente nos grupos de Whatapp dedicados à agilidade e em redes sociais como LinkedIn e Instagram.

Nesses espaços, proliferam treinamentos, mentorias e uma enxurrada de coaches e mentores, cada um com sua verdade e todos com a mensagem de que você deve seguir determinado caminho.  Há um abundância de artigos que não mudarão suas vidas, videos no youtube que ja tem outros milhares falando a mesma coisa, frases prontas em imagem no instagram que passaria o dia muito bem mesmo sem ela. 

A onda de vídeos motivacionais e frases prontas preenche nossas timelines, muitas vezes sem a profundidade para promover uma real transformação. Observamos uma profusão de treinadores em agilidade, mentores em todos os cantos e a sensação de que todos agora são criadores de produtos.

Desafios na Construção de Redes Autênticas:

A urgência em expandir a rede muitas vezes leva à superficialidade das conexões. A necessidade de falar, mas não ouvir honestamente, torna-se uma prática comum, onde a quantidade de conexões supera a qualidade das interações. O indicador de sucesso, o Social Selling Index (SSI) no LinkedIn, ganha destaque, mas será que esse crescimento está refletindo redes verdadeiras? Onde não há a mínima interação e pouco de faz uma pergunta real para aprofundar. Só imitamos os outros atrás do que o algoritmo da rede social gosta. 

Explicações para o Fenômeno:

O boom do marketing digital, o inbound marketing do “faça você mesmo”, e a disseminação do conhecimento acessível a todos desempenham papéis fundamentais nessa superprodução. Influenciadores financeiros como Natalya Arcury e Primo Rico alertam sobre a necessidade de rendas adicionais, criando um ambiente propício para criar algo e poder divulgar a todos.

No contexto ágil, a literatura de Lisa Adkins explora competências do Agile Coach, incluindo práticas de Lean Ágil, Transformação, e domínios em Produto e Tecnologia. O profissional ágil, capacitado em diversas áreas, encontra-se agora na dualidade de aplicar conhecimentos em agilidade e, simultaneamente, desempenhar papéis de coach, mentor e facilitador. Isso é um terreno fértil para esse milhares de treinadores que são competentes em práticas de produto, tecnologia e transformação montarem seu treinamento em plataformas como sympla e Hotmart. Onde é fácil alcançar o público e ser pago por isso. 

O Paradoxo do Agilista Empreendedor:

Ao sair do ambiente asalariado, surgem treinadores, mentores e criadores de conteúdo em abundância. A necessidade de empreender e enfrentar layoffs consecutivos contribui para um cenário diversificado de abordagens. Agilistas com diferentes visões oferecem cursos variados, desde aqueles que pregam metodologias específicas até os que desafiam paradigmas tradicionais. Abordagens como “NÃO USE ISSO” , “salário de 10k” , “registro de nome”, “isso não é ágil”, criticar, colocar fogo e fazer polêmica surgem aos montes para chamar atenção.  

A Importância do Número de Seguidores e o Culto ao Produto:

O valor atribuído ao número de seguidores nas redes sociais torna-se crucial. Criar frases curtas que geram um breve suspiro de inspiração, mas são rapidamente esquecidas, é uma estratégia comum. A ênfase na construção de landing pages para capturar informações pessoais muitas vezes supera a preocupação genuína com as necessidades das pessoas. Que por muitas vezes você percebe que só muda o nome do treinee mas a página é igual. Muda o nome do curso mas é a mesma coisa. Paga milhares de reais por uma certificação que você vai usar 10% do conteúdo. 

Hoje, o agilista, por vezes, parece mais preocupado com o produto que oferece do que com a essência da agilidade em si. O foco na rentabilidade e no próximo ganho financeiro torna-se predominante, muitas vezes à custa da autenticidade e da verdadeira troca de conhecimentos.

Conclusão:

Vivemos em uma era onde a produção massiva de conteúdo e a busca incessante por conexões digitais muitas vezes obscurecem a essência do agilista. A reflexão sobre a autenticidade das interações, a qualidade dos conteúdos oferecidos e a verdadeira construção de redes torna-se vital. Eu também faço parte desse ambiente tenho página com conteúdo e workshops.  É hora de repensar o equilíbrio entre a expansão da rede e a preservação da profundidade nas relações digitais. 

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