Andre Molero

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Refletindo sobre impacto da IA e sobre a crescente influência da inteligência artificial (IA), não posso deixar de considerar o paradoxo que ela apresenta: enquanto sua adoção se intensifica, surge um efeito colateral inesperado – a IA pode estar se tornando uma espécie de ‘preguiça’ intelectual.

Então, começa a ficar muito claro por que IA continua a ser uma questão de grande interesse hoje em dia e durante algum tempo. IA tornou-se um ponto focal nas modernas discussões, frequentemente debatida como uma ferramenta para melhorar a eficiência no trabalho. A demanda por cursos que ensinam a criar prompts para IA é outro indicador do entusiasmo crescente por essa tecnologia.

Entretanto, devemos lembrar a advertência de Yuval Noah Harari em ‘Homo Deus’: o avanço tecnológico tem levado o ser humano a se distanciar cada vez mais do trabalho manual, criando um vazio de propósito que pode culminar em desmotivação. A IA, um produto do conhecimento humano, pode inadvertidamente refletir esse desinteresse, parecendo ‘relutante’ ao ser confrontada com tarefas que não deseja realizar – não por vontade própria, mas como um eco de nossas próprias limitações.

Hoje, os sistemas operam sem os filtros e padrões sociais que guiam o comportamento humano. Existe caso que a IA parece resistir a uma tarefa, mas talvez por um reflexo das falhas e hesitações humanas que foram transferidas para ela. No entanto, quando pressionada, ela procede – revelando que, mesmo a tecnologia mais avançada, tem suas raízes na humanidade.

A questão central é a IA não é uma solução onipresente. A evolução das formas de comunicação, desde o telex às mensagens de texto áudio, reforça a necessidade contínua do toque humano – seja na operação de antigas tecnologias, no desenvolvimento de novas funcionalidades para aplicativos de mensagens ou na interação direta com clientes.

No entanto, a motivação humana permanece insubstituível. Como salienta Daniel Pink em ‘Drive’, e Harari em ‘Homo Deus’, motivações intrínsecas e o senso de pertencer a uma comunidade são essenciais para engajamento e satisfação. A força do senso de pertencimento é tão poderosa que pode impulsionar tanto feitos extraordinários quanto, lamentavelmente, atos de barbárie coletiva.

Líderes deveriam canalizar esta poderosa força para inspirar e criar um propósito, dividir estratégias, criar comunidades dentro da própria empresa, fomentar propósitos em comum e individuais. Ao invés de cair na barra de LUCRO e entregar a todos custo, eles devem fornecer motivação e direção. Isso pode gerar muito mais resultados.

Diante do impacto da IA, é preciso exercer discernimento crítico. Suas ‘preguiças’ são reflexos de suas origens humanas – podem impactar negativamente a produtividade. Desenvolver o ser humano através das tecnologias não deve pressupor a substituição desta última. Aprenda com a IA, mas também dedique-se a leituras enriquecedoras, vídeos educativos, mentoria, cursos práticos, participação em comunidades e prática autônoma. Esse é o equilíbrio que nos fará avançar verdadeiramente.

O impacto da IA será cada vez maior em nossas vidas. Devemos nos adaptar e evoluir.

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