- Objetivo: Aprimorar a escuta ativa e a capacidade de extrair informações chave, promover um ambiente seguro para dar e receber feedback construtivo, e estimular a comunicação visual de conceitos.
- Duração: 20-30 minutos por rodada (variável dependendo do número de histórias e discussões).
- Materiais Necessários:
- Histórias curtas pré-criadas (veja exemplos abaixo).
- Papel e canetas/lápis (para anotações da audiência).
- Ferramentas de design/mural (físicas ou digitais como Canva, Miro, Jamboard) para a pessoa que conta a história criar seu cartaz.
- Opcional: um cronômetro.
- Instruções/Descrição da Atividade:
- Introdução (2 minutos):
- O facilitador explica o objetivo da dinâmica: aprimorar a escuta ativa, a comunicação visual e a prática de feedback.
- Contextualize que um dos participantes contará uma história e o restante do grupo terá tarefas diferentes.
- Preparação da História (2 minutos):
- O facilitador seleciona uma pessoa do grupo para ser o “Narrador” da rodada.
- O Narrador recebe uma das histórias pré-criadas e é instruído a contá-la do seu jeito, com suas próprias palavras e emoções, como se fosse uma experiência pessoal. Ele pode adicionar pequenos detalhes ou ênfases, mas o cerne da história deve ser mantido.
- Enquanto isso, o Narrador é instruído a criar, durante a narrativa ou antes, um “Cartaz Ideal” da sua história utilizando uma ferramenta de design (desenho, mural, Canva, etc.). Este cartaz deve representar visualmente os pontos mais importantes e a essência da história da perspectiva do Narrador.
- Instruções para o Grupo (2 minutos):
- Para o restante do grupo (a “Audiência”), a instrução é simples: apenas escutem ativamente. Façam anotações sobre o que consideram os pontos mais importantes, os sentimentos transmitidos, os detalhes cruciais, etc. O objetivo é captar a história para, posteriormente, dar feedback sobre a comunicação.
- A Narrativa (3-5 minutos, dependendo da história):
- O Narrador conta a história escolhida para o grupo. A Audiência escuta e anota.
- Criação do Cartaz (5-7 minutos):
- Após a narrativa, o Narrador tem um tempo adicional (se não fez durante a narrativa) para finalizar seu “Cartaz Ideal”.
- A Audiência continua revisando suas anotações.
- Revelação do Cartaz do Narrador (1 minuto):
- O Narrador mostra seu “Cartaz Ideal” para o grupo, explicando brevemente sua intenção com ele (o que ele quis destacar, a emoção, a mensagem principal).
- Feedback da Audiência (5-7 minutos):
- Agora, a Audiência entra em ação. Um de cada vez (ou em rodada rápida), eles devem dar feedback ao Narrador, focando em: “O que eu, como ouvinte, poderia ter falado diferente ou dado mais ênfase na minha narrativa para que o cartaz do Narrador fosse ainda melhor ou mais alinhado com a minha percepção? Ou o que você como ouvinte captou de diferente do que o cartaz mostrou?”
- O feedback deve ser construtivo, focado na clareza da comunicação e na capacidade de transmitir a mensagem para um output visual.
- O Narrador escuta o feedback.
- Reflexão Final e Reação do Narrador (3-5 minutos):
- O Narrador reage ao feedback, compartilhando o que ele sentiu, o que ele percebeu sobre sua própria comunicação, e se o feedback o ajudaria a refinar o cartaz ou a história.
- O facilitador conduz uma breve reflexão geral sobre o exercício: “O que aprendemos sobre a importância da clareza na narrativa para uma boa escuta e um bom resultado visual?” “Como nos sentimos ao dar e receber feedback dessa forma?”
- Introdução (2 minutos):
- Dicas/Observações:
- Crie um Ambiente Seguro: Reforce desde o início que o objetivo é aprendizado e melhoria mútua, não julgamento. A frase “O que eu poderia ter falado diferente…” é crucial para manter o foco na comunicação do Narrador, e não na falha da Audiência.
- Variedade de Histórias: As histórias podem ser de diferentes temas (desafios no trabalho, conquistas pessoais, situações inesperadas, etc.) para manter o interesse.
- Ferramentas: Se for online, use ferramentas de colaboração visual. Se presencial, distribua materiais de desenho ou post-its coloridos.
- Tempo Flexível: Ajuste a duração por rodada conforme o tempo disponível e o tamanho do grupo. Você pode fazer várias rodadas curtas ou uma rodada mais aprofundada.
- Foco no Feedback: Oriente o grupo a ser específico no feedback, usando exemplos da história.
Histórias para o Icebreaker “Escuta Ativa & Feedback com Cartazes”
Aqui estão as três opções de histórias com diferentes “sabores” para você usar:
História 1: O Enigma da Máquina de Café
“Era uma segunda-feira de manhã, e a semana parecia promissora. Eu cheguei ao escritório, pronto para enfrentar os desafios, mas havia um obstáculo inesperado. A máquina de café, nosso motor diário, estava com um aviso piscando que ninguém entendia. Parecia um código alienígena. Tentamos de tudo: reiniciar, procurar no manual (que estava misteriosamente desaparecido), até pedir ajuda ao colega mais ‘geek’ do andar. A frustração crescia, o relógio avançava, e o dia parecia condenado sem a dose matinal de cafeína. Foi então que, por puro acaso, alguém da equipe de limpeza apareceu, olhou para a máquina, apertou um botão discreto na parte de trás que ninguém havia notado, e o aviso sumiu, as luzes voltaram ao normal. A máquina jorrou café como um milagre. Aquilo me fez pensar muito sobre soluções óbvias que estão escondidas à vista, e como às vezes precisamos de uma perspectiva completamente diferente para vê-las.”
História 2: O Projeto Secreto do Jardim Urbano
“No meu bairro, tínhamos um terreno baldio que era um problema: lixo, mato alto, um visual bem triste. Um dia, eu e alguns vizinhos tivemos uma ideia maluca: e se transformássemos aquilo em um jardim urbano comunitário? A ideia parecia ótima, mas a execução… ninguém tinha experiência em jardinagem, não tínhamos dinheiro, e a burocracia para conseguir permissão da prefeitura parecia um dragão. Começamos pequenos, com a ajuda de voluntários e sementes doadas. Tivemos que aprender sobre tipos de solo, irrigação, pragas. Enfrentamos ceticismo de outros moradores, que não acreditavam que daria certo. Houve dias de sol escaldante e de chuva torrencial onde pensamos em desistir. Mas, passo a passo, o lixo deu lugar a flores, ervas aromáticas e até alguns pés de alface. O que começou como um projeto despretensioso se tornou o coração verde do bairro, um lugar onde as pessoas se encontram, conversam, e até colhem seus próprios temperos. Foi uma jornada de muito trabalho, mas ver o resultado hoje me enche de orgulho.”
História 3: A Conversa Inesperada no Elevador
“Estava a caminho de uma reunião importante, com a cabeça cheia de números e estratégias. O elevador parou, e uma pessoa que eu só conhecia de vista, de outro departamento, entrou. Começamos uma conversa trivial sobre o tempo, e de repente, ela mencionou um pequeno desafio que estava enfrentando em um projeto dela. Para minha surpresa, aquele problema era algo que minha equipe já havia resolvido no passado, mas de uma forma que não era amplamente conhecida. Em poucos minutos, ali no elevador, com o tempo correndo, consegui dar algumas dicas e direcionamentos. A reunião para a qual eu estava indo era com o líder do departamento dela, e o que eu não sabia é que essa ‘conversa de elevador’ desbloqueou uma solução que eles procuravam há semanas. Depois, recebi um e-mail de agradecimento e a pessoa veio pessoalmente me agradecer. Aquilo me mostrou o poder das interações casuais e como o conhecimento compartilhado, mesmo em um contexto informal, pode gerar um impacto enorme e inesperado.”
Esse é mais icebreakers fazem parte do curso facilitação na prática