Andre Molero

Blog

Inovação através das pessoas motivadas

A inovação no cenário atual não é simplesmente uma questão de tecnologia ou processos; ela é fundamentalmente sobre pessoas. Refletindo sobre a palestra de Luiz Parzianello como keynote no Agile Trends 2024, ele menciona que a cultura das empresas é as pessoas. Se a cultura da empresa nega, quer dizer que uma pessoa está negando.

Quando ouço que uma área diz que não pode fazer algo, pergunto qual o nome e CPF da área. Colocar as pessoas sempre à frente de empresas, lucros e áreas afirma a crença de que inovações significativas e transformações operacionais nascem da capacidade de fomentar um ambiente onde as pessoas se sentem valorizadas e suas ideias, respeitadas e ampliadas.

A essência da “conexão de crescimento” reside na crença de que ideias inovadoras são geradas e refinadas através da colaboração. É um conceito que transcende a simples acumulação de sugestões individuais, tornando-se uma dinâmica onde ideias são compartilhadas, desafiadas e aprimoradas coletivamente.

Após o Agile Trends, compartilhei uma ideia com uma equipe, embasada em uma necessidade percebida. A resposta da equipe, com conhecimento mais profundo do cliente, foi não apenas uma melhoria, mas uma reimaginação da minha sugestão inicial. Este evento ilustra perfeitamente a conexão de crescimento, onde a diversidade de perspectivas e a colaboração enriquecem a resiliência e a aplicabilidade das ideias propostas.

Fazer isso cria um ambiente mais antifrágil, como Nassim Nicholas Taleb diz em seu livro. Ele afirma que algo não necessariamente robusto resistirá, não necessariamente algo forte não quebrará, mas algo que se adapta e não existe um antônimo direto para frágil, e por isso o conceito do antifrágil.

Além disso, a participação das pessoas em todas as fases, desde a concepção de objetivos, ideação, criação de propósito em conjunto, até a execução, cria um sentido de propriedade e comprometimento compartilhado. Ideias evoluídas pelas pessoas da equipe, sejam estratégicas, técnicas ou operacionais, transcendem a propriedade individual e se tornam um objetivo comum de todos, com todos os envolvidos igualmente investidos em seu sucesso. Esse jeito de trabalhar ajuda não apenas na motivação, mas evolui na promoção de um ambiente operacionalmente eficiente e, com a insistência nesse coletivo de ideias sendo aprimoradas, a inovação acontecerá como um processo contínuo e compartilhado. Com sucessos constantes, chegamos a um ambiente com lucros evidentes e times motivados com muita vontade de trabalhar nessa empresa.

A mudança, portanto, é percebida não apenas como um desafio ou uma necessidade, mas como uma oportunidade para crescimento e desenvolvimento. Cada indivíduo, ao contribuir com sua perspectiva única, atua como catalisador para a evolução da equipe e da organização. 

Esse processo de mudança requer líderes que vejam além da competência individual, precisa remover suas vaidades e seu EGO inflado, promovendo um ambiente onde o sucesso coletivo é valorizado acima das conquistas individuais.

Não criar ambiente competitivos mas colaborativos, não usar indicadores para comparar pessoas e equipes. Liderar por exemplo fazendo parte de ideações e incentivando que alguém refute ou melhore suas ideias. Não entrar em reuniões dizendo que só acontece algo por que EU FIZ.

Líderes verdadeiramente transformadores são aqueles que cultivam um espaço onde a competição dá lugar à colaboração e onde o medo do fracasso é substituído pela coragem de experimentar.

No contexto da inovação, a era da inteligência artificial e da automação apresenta tanto desafios quanto oportunidades. 

Enquanto a tecnologia pode otimizar processos e aumentar a eficiência, a essência da inovação reside na capacidade humana de questionar, imaginar e criar. A tecnologia, por mais avançada que seja, serve como uma ferramenta nas mãos das pessoas; ela amplia nosso potencial, mas não pode substituir a singularidade da criatividade humana. 

Portanto, é crucial que as organizações não apenas adotem novas tecnologias, mas também cultivem um ambiente onde a curiosidade e a criatividade sejam incentivadas e valorizadas.

Olhando para o futuro, é evidente que o ritmo acelerado da mudança tecnológica continuará a transformar o panorama do trabalho e da inovação. Profissões atuais podem se tornar obsoletas, enquanto novas surgirão em resposta às necessidades emergentes. Neste cenário dinâmico, a capacidade de aprender, adaptar-se e evoluir torna-se crucial. A educação contínua e o desenvolvimento profissional não são mais opcionais, mas essenciais para indivíduos e organizações que buscam permanecer relevantes.

Promover um ambiente de trabalho colaborativo e inclusivo é fundamental para o sucesso a longo prazo. Práticas como feedback 360, métodos de ensino práticos e a delegação de tarefas não apenas enriquecem o ambiente de trabalho, mas também preparam os indivíduos para lideranças futuras. Ao incentivar a colaboração e o aprendizado mútuo, as organizações podem cultivar um ecossistema onde a inovação floresce naturalmente.

Concluindo, a jornada em direção à inovação e ao crescimento no século XXI é complexa e multifacetada. Requer uma reavaliação do papel das pessoas no processo de inovação, reconhecendo que são elas, com suas ideias, criatividade e colaboração, que verdadeiramente impulsionam a mudança. À medida que navegamos por este cenário em constante evolução, devemos nos lembrar de que, embora a tecnologia possa oferecer novas ferramentas e capacidades, é o espírito humano de curiosidade, colaboração e criatividade que moldará o futuro.

 

 

Mais no nosso Instagram

Também depoimentos da mentoria

Spotify

 

Youtube